quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Polícia faz operação para combater pirataria e contrabando na Uruguaiana


André Muzell / R7
Policiais civis fecham estabelecimentos irregulares nocamelódromo
da Uruguaiana, no centrodo Rio de Janeiro, nesta manhã  (26)

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Policiais civis fazem uma operação nesta quarta-feira (26) no camelódromo da rua Uruguaiana, no centro do Rio de Janeiro, para combater a pirataria e o contrabando de materiais vendidos no local. O mercado popular está lacrado.

O efetivo conta com 120 policiais civis, 40 fiscais da Receita Federal, 20 oficiais de Justiça e 60 pessoas, principalmente chaveiros, que dão apoio à abertura das portas dos boxes.
Os agentes estão com um mandado de busca e apreensão para evitar o comércio ilegal de mercadorias que são fabricadas no Brasil e na China, e contrabandeadas do Paraguai.
Segundo Valéria de Aragão, titular da Delegacia de Repreensão aos Crimes contra Propriedade Imaterial, as investigações duraram sete meses. Os agentes contam também com o apoio de quatro associações de combate à pirataria.

A Polícia Civil está com quatro caminhões que serão usados para armazenar as mercadorias. Os comerciantes regulares estão abrindo as portas para evitar que os agentes arrombem as lojas.

O mercado da Uruguaiana tem 16 anos e atualmente possui 1.508 cabines. A polícia constatou também que os vendedores compravam boxes e revendiam para outros comerciantes. Os preços das cabines variam de R$ 10 mil a R$ 100 mil, dependendo da localização.

Segundo Eliane Leziat, advogada da União dos Comerciantes do Mercado Popular da Rua Uruguaiana e Adjacências, é muito difícil fiscalizar esse tipo de ação, pois as negociações são feitas "de boca".
- A associação não tem poder de polícia. Nós tentamos fazer um trabalho educativo para tentar conscientizar os comerciantes. A fiscalização de revenda de boxes é muito difícil, porque a negociação é feita de boca.
De acordo com a delegada Valéria, quem for pego com mercadoria roubada será preso e responderá por crime de receptação.
Ainda de acordo com ela, o objetivo é levar esta operação para outros pontos da cidade e do Estado. A ação no camelódromo da Uruguaiana vai durar três dias.

Segundo a polícia, a pirataria movimenta cerca de R$ 1 trilhão por ano em todo o mundo, duas vezes mais que o narcotráfico. São sonegados por ano no Brasil, cerca de R$ 30 milhões. O comércio ilegal impede a geração de 2 milhões de empregos formais por ano no país.


do R7