sexta-feira, 28 de junho de 2013

PM garante uso de “força progressiva” em caso de vandalismo durante protesto



A Polícia Militar teve reunião com comerciantes de Natal na manhã desta sexta-feira (28), na Associação Comercial do Rio Grande do Norte. O foco da reunião foi a segurança prevista para a manifestação da tarde de hoje. De acordo com o comandante da PM, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, nenhum ato de vandalismo será tolerado e o uso de força progressiva está autorizado, caso ocorram atos criminosos. Manifestantes mascarados, inclusive, serão abordados por policiais.

No encontro com comerciantes, a PM explicou como será feito o policiamento. Ao todo, 300 policiais militares estarão no patrulhamento com carros, motocicletas, cavalos e a pé, além de 100 policiais civis que acompanharão a manifestação e estarão nas delegacias de plantão. O batalhão de Choque e de Operações Especiais estarão de prontidão, mas só serão acionados caso seja necessária a intervenção. O objetivo principal é impedir atos de vandalismo.

"A PM vai acompanhar as manifestações ordeiras e pacíficas, mas de maneira nenhuma vai compactuar ou ser omissa na questão do vandalismo. Vamos agir naquilo em que exceder os limites legais", garantiu Coronel Araújo, afirmando ainda que a PM vai cumprir a lei e, caso necessário, fará o uso progressivo da força. "Não vamos economizar balas de borracha e gás lacrimogênio", disse. 

Para monitorar os possíveis vândalos envolvidos na manifestação, a polícia vai utilizar as câmeras de segurança espalhadas pela área e também fará abordagens a pessoas que estiverem em atitude suspeita. De acordo com o secretário adjunto de Segurança, Clidenor Silva Júnior, os manifestantes que estiverem com os rostos cobertos terão atenção especial. 
"Se alguém está com o rosto coberto, é grande a chance desta pessoa ter a intenção em se envolver em atos ilegais, de estar mal intencionado. E poderão haver abordagens, sim", explicou Silva Júnior, que também confirmou que já há mais de 100 fotos e vídeos que vão colaborar na investigação contra os vândalos que atuaram na manifestação do dia 20 de junho.

Nos casos de prisões, as delegacias já têm orientação específica, segundo o próprio Silva Júnior. Os criminosos que forem presos praticando atos de vandalismo em conjunto serão enquadrados no crime de formação de quadrilha, além de danos ao patrimônio público e/ou privado. Neste caso, não está prevista a liberação sob pagamento de fiança e é possível o pedido da prisão provisória. No caso de atos individuais de vandalismo, a fiança será estipulada no valor máximo e poderá haver o pedido de prisão temporária.

Precaução

Para evitar que objetos encontrados nas ruas possam ser utilizados para causar danos aos prédios públicos, históricos ou comerciais, a Polícia Militar monitora as ruas que poderão receber o protesto. De acordo com coronel Araújo, a PM, mesmo sem essa atribuição, acompanhou o trabalho de funcionários da Urbana para averiguar se havia itens como pedras e paus espalhados pela Praça 7 de Setembro e redondeza que pudessem ser usados como armas.

Para a segurança dos prédios públicos e históricos, a PM explicou que já há segurança, mas que haverá o reforço caso seja necessário. "Queremos colaborar para que a manifestação ocorra de maneira pacífica e, por isso, estamos trabalhando para evitar ação de vândalos que se aproveitam de manifestações legítimas para praticar crimes", disse.



Fonte: Tribuna do Norte

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